Extraindo o dente do siso: peculiaridades, procedimento e recuperação

Os últimos dentes a nascerem – os dentes sisos – costumam gerar dúvidas na maioria das pessoas. E a mais comum, sem dúvida, é sobre a necessidade de retirá-los. Neste artigo vamos falar sobre o dente do siso: complicações que podem gerar, o procedimento de extração e os cuidados depois da cirurgia. Saiba também quando realmente é necessário tirá-los.  

Os dentes chamados de terceiros molares são os últimos a erupcionar na cavidade oral, aparecendo usualmente entre 16 e 21 anos. Normalmente são quatro os sisos: dois na parte superior e dois na inferior, todos localizados no fim da arcada dentária. 

Se, a partir do fim da adolescência, os terceiros molares ainda não tiverem apresentado sinais de erupção, é preciso procurar um dentista para uma avaliação. 

A decisão de removê-los (ou não)

Não é possível generalizar quando se trata dos dentes sisos, pois é a partir do nascimento deles na boca que o dentista poderá avaliar a situação. Peculiaridades do seu desenvolvimento, como posição, orientação e desenvolvimento, — reveladas frequentemente em exame radiográfico (raio-x) — definem se é caso de extração ou apenas de acompanhamento. 

Nem sempre há necessidade de remover todos os sisos. Se apenas um deles representa risco, por exemplo, não há motivos para extrair os demais. Há pessoas cuja arcada dentária comporta o nascimento deles sem complicações. Cada caso tem suas particularidades, e quando é assim, sem extração, os terceiros molares tendem a continuar nascendo. Portanto, é crucial manter o acompanhamento do dentista para não ter desconfortos. 

Seis problemas causados pelo dente do siso

1) O principal é a falta de espaço suficiente dentro da boca para o siso irromper. Ter ou não espaço na arcada dentária é um dos principais fatores determinantes da permanência ou retirada desse dente.

2) É bastante comum que, na erupção, o dente siso cause prejuízo ao bem-estar, como dor de dente, dificuldades na mordida, mastigação e deglutição. 

3) Fortes dores faciais e enxaquecas podem ser causadas pelo terceiro molar, que, dependendo da sua posição dentro dos ossos maxilares, pode comprimir os feixes nervosos. 

4) O dente do siso pode ficar incluso (ou encaixado) no osso ou, simplesmente, não sair. Tal quadro pode causar sobreposição ou deslocamento de outros dentes, causando desalinhamento da arcada, ou ainda desenvolver uma cárie localizada.  

5) Se o siso erupcionar parcialmente, ele pode gerar um quadro infeccioso inflamatório, conhecido por pericoronarite, o que resulta em muita dor, inchaço facial, inchaço na gengiva, mau odor e irritação local. 

6) Por fim, pela localização, há dificuldade de higienização no fundo da boca. Se ficar escondido, encoberto pela parte interna da bochecha, o terceiro molar torna a escovação mais difícil, podendo acarretar em problemas como cárie e acúmulo de placa.

Procedimento de extração do dente siso

A remoção do dente siso é realizada da mesma forma que a de outros dentes, por meio de cirurgia e com anestesia local. O procedimento consiste em uma incisão e remoção do dente — ou sua fragmentação para facilitar a extração. Por fim, o cirurgião-dentista faz a sutura e passa as medicações e recomendações necessárias para um bom pós-operatório.

A complexidade da cirurgia é medida pelo posicionamento do siso, informação que determina se ela será mais ou menos trabalhosa. Há duas formas de realizar a cirurgia: quando o dente já saiu por completo ou quando está incluso, ou seja, ainda dentro da gengiva. 

Estando visível, total ou parcialmente preso, o siso pode ser retirado com segurança. Normalmente o procedimento acontece em consultório, porém, em casos com grau de dificuldade maior, é possível sua realização em ambiente hospitalar e com anestesia geral. Comorbidades, como diabetes ou hipertensão, não são impeditivos para a extração dos sisos, mas devem estar controladas no momento da cirurgia.

Existe a possibilidade de, a partir da avaliação prévia do dentista, remover todos os quatros sisos de uma vez só. Ou eles podem ser removidos por etapas, o que é mais comum. Normalmente, os dentistas retiram os dois dentes (superior e inferior) localizados no mesmo lado para garantir que a pessoa possa mastigar do outro lado durante a recuperação.

Cuidados pós-operatórios

Nesse momento é normal ocorrer incômodo, dor ou inchaço, limitação na abertura da boca temporariamente, especialmente nos primeiros dias após a extração. As orientações médicas mais comuns para a recuperação são, além da medicação prescrita pelo dentista, reforçar a higiene bucal nesse período (mas limpando de forma suave e sem pressão excessiva), consumir apenas alimentos líquidos ou pastosos nas primeiras 24 horas e bastante repouso.

O período de recuperação varia de acordo com a complexidade do caso. Respeite esse tempo de pausa que evita a queda da imunidade e agiliza a retomada das atividades. Dê preferência aos alimentos líquidos e pastosos servidos frios, que são capazes de proporcionar alívio de sintomas. O calor pode aumentar o processo inflamatório, por isso que tomar sorvete é liberado no pós-operatório.

Conclusão 

Embora seja grande a lista de problemas que o dente do siso possa causar, conforme listado acima, é preciso ter cautela e, com a ajuda de um dentista, investigar a situação dos seus dentes do siso e da sua arcada dentária. 

É como acontece em todos os tratamentos odontológicos: envolve uma análise detalhada de vários fatores. A extração do siso deverá ocorrer de modo personalizado, respeitando as suas necessidades.

Quer saber mais? Leia também: Dente do Siso: tudo o que você precisa saber sobre ele.
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