Extração dentária: indicações, cuidados e recuperação

Conhecer mais sobre a cirurgia para extração dentária é essencial para afastar o medo.

Se você é uma daquelas pessoas que só de ouvir falar sobre extração de dentes já pensa em dor e sofrimento, este conteúdo vai te ajudar a esclarecer os principais pontos sobre o assunto. Conhecer os motivos que levam a optar pela extração, também conhecida como exodontia, é essencial para lidar com o medo e deixar a ansiedade de lado na hora de visitar o cirurgião-dentista.

Atualmente, os procedimentos dentários são mais eficientes e menos invasivos, graças a novas técnicas e tecnologias, por isso, nada de pânico! Afinal, felizmente os métodos de tratamento medievais ficaram só na história e nos filmes. Com os cuidados certos e profissionais capacitados, todo o processo pode ser bem tranquilo. Confira as informações que preparamos para você sentir-se mais seguro e ter a melhor recuperação possível.

Quando é necessário fazer uma extração dentária?

Existem várias razões para que o profissional oriente o paciente a fazer a extração de um dente. A decisão leva em consideração sinais e sintomas relatados na avaliação clínica, dentre muitos existentes, podemos citar alguns: se existe uma fratura na raiz causada por um trauma, se há comprometimento estrutural na coroa ou na raiz causada por uma extensa lesão cariosa, (cárie) além da análise de exames complementares (como raio x, tomografias, exames de sangue etc.), situação de saúde bucal do paciente, e do histórico médico.

Além dos motivos citados anteriormente, apresentamos alguns mais:

  • Doenças bucais: que podem comprometer dentes, ligamentos e ossos; inflamações, infecções, cáries, periodontite e muitos outros fatores. A gengivite, por exemplo, (inflamação da gengiva) caracteriza-se pelo sangramento dos tecidos gengivais, mas não causa perda de inserção óssea, já a periodontite, ou doença periodontal, é caracterizada pela perda de sustentação do elemento dental, afetando diretamente o ligamento periodontal e os tecidos ósseos, podendo provocar queda dos dentes, formação de áreas com pus e, em casos muito graves, pode até mesmo levar a uma endocardite bacteriana (infecção das estruturas internas do coração). A extração é indicada quando toda a possibilidade de tratamento conservador tenha sido esgotada, ou a doença esteja muito avançada.
  • Diabetes: a doença aumenta as chances de desenvolver doenças periodontais, inflamações na gengiva, feridas e perda óssea ao redor dos dentes.
  • Traumas: acidentes ou outros tipos de trauma que resultem na fratura do dente. O atendimento deve ser feito o mais rápido possível.
  • Dente do siso: os terceiros molares, mais conhecidos como dentes do siso, são os últimos a nascerem. A recomendação de extração acontece por inúmeros fatores, dentre eles podemos citar alguns: posição incorreta na arcada dentária, comprometendo, assim, o dente lateral ou tecidos adjacentes, espaço insuficiente e pericoronarite (inflamação do capuz que se forma no momento do irrompimento do siso na gengiva) criando uma zona de retenção de bactérias, que grande parte das vezes leva o paciente a uma dor forte e buscar por um serviço de urgência.
  • Dente incluso ou semi-incluso: também é indicada a extração caso haja o rompimento parcial do dente, pois a dificuldade de higienização da gengiva e do dente favorece a proliferação de bactérias que podem causar graves infecções.
  • Dentes supranumerários (dentes a mais): para evitar problemas de oclusão e estéticos é indicado retirar os dentes que excedem a quantidade normal. (cada caso deve ser avaliado individualmente)
  • Extração para procedimento ortodôntico: quando não há espaço suficiente na boca para possibilitar o alinhamento dos dentes, a extração dentária é recomendada para melhorar não somente a parte estética, mas também contribuir com as funções fonéticas e mastigatórias.

Como é o processo de extração dentária?

A extração de um dente depende de uma série de fatores como mostramos acima, por isso o profissional deve avaliar cada caso individualmente e definir a melhor estratégia de acordo com a necessidade do paciente. O cirurgião-dentista precisa avaliar todas as informações e analisar as radiografias e exames necessários para verificar o tamanho do dente, sua posição e formato, bem como as condições ósseas.

Após definir a melhor forma de remoção, o paciente recebe instruções como uso de anti-inflamatórios e antibióticos antes da extração para prevenir possíveis complicações. No dia da cirurgia, o paciente recebe anestesia local para que a sensação de dor seja mitigada, e somente depois de alguns testes de sensibilidade a cirurgia é iniciada. Uma vez realizada a remoção do dente, fazemos a curetagem (limpeza) do alvéolo (osso no qual o dente se insere) e, por fim, o local é suturado (fechado com pontos).

Ao final do tratamento, são repassadas as orientações que devem ser adotadas para a recuperação adequada. Além disso, o cirurgião-dentista demonstra como fazer a limpeza da região após o procedimento, quais atividades e alimentos evitar e quais medicamentos são recomendados para amenizar a dor ou desconforto. Tudo isso estará em sua prescrição e cuidados.

A recuperação parcial ocorre entre 7 e 10 dias após a cirurgia, e o local operado se mostra completamente cicatrizado após 2 meses.

Existem técnicas para a extração de um ou mais dentes?

Sim, as técnicas utilizadas para extração são definidas conforme o quadro clínico do paciente. Entenda algumas delas:

  • Exodontia simples ou múltipla: é utilizada na maior parte dos casos clínicos, como: dentes decíduos (de leite), dentes condenados por conta de fraturas (dependendo da fratura), comprometimento endodôntico (canal) etc.
  • Exodontia radicular: é indicada quando há resíduos radiculares na gengiva ou no tecido ósseo.
  • Exodontia de elementos impactados, inclusos ou semi-inclusos: recomendada para os casos nos quais o dente não consegue romper a gengiva e há indicação cirúrgica.

Quais cuidados devo ter no pós-operatório?

Independente da técnica, o paciente deve adotar cuidados para garantir que a recuperação seja tranquila. Veja algumas dicas para esta fase:

  • Alimentação: a principal recomendação é evitar bebidas e alimentos quentes nas primeiras 48 horas após a extração, evitando sangramentos e aumento do edema (inchaço). Alimentos duros e crocantes devem ser evitados. Dê preferência à alimentação líquida e pastosa, como caldos morno a frio, sorvete, açaí, frutas batidas congeladas, sucos e vitaminas. O consumo de água também é essencial, pois favorece a cicatrização.
  • Compressa fria: nas primeiras 24 horas, pois a compressa fria pode ajudar a reduzir o edema (inchaço), consequentemente melhorando o controle da dor. Coloque a compressa de gelo na face por períodos alternados de 15 minutos.
  • Repouso: é muito importante evitar atividades de movimentação intensa ou que exijam esforço físico, movimentar pouco a boca e manter a cabeça erguida para evitar sangramentos e auxiliar na cicatrização. Para dormir, o ideal é usar travesseiros ou almofadas mais altas. Outra contraindicação é a exposição prolongada ao sol.
  • Bebidas alcoólicas e tabaco: as substâncias químicas presentes nesses produtos, além de fazer mal à saúde, prejudicam a recuperação e cicatrização do procedimento cirúrgico.
  • Medicação: siga todas as orientações da equipe e tome as medicações de acordo com a prescrição feita para você.

Limpeza da área região operada

Após o procedimento cirúrgico, o mais importante é ficar atento à higiene do local para evitar infecções. Uma escova de cerdas macias, extramacias ou escovas específicas para o pós-operatório também podem ser indicadas, desde que a limpeza seja feita de forma delicada, como orientada pelo profissional. Os bochechos devem ser evitados.

Como substituir o dente extraído?

Para substituir o dente extraído, podemos indicar procedimentos de prótese ou a instalação de um implante dentário. Mais do que estética, ninguém quer sorrir com um espaço vazio na boca, o implante contribui para a parte funcional, pois evita o desalinhamento da mordida, a retração gengival, a perda óssea, mantém a função mastigatória e auxilia na fala. Algumas vezes, o implante pode ser instalado no mesmo momento cirúrgico após a extração do dente, dependendo da situação clínica do paciente, o importante é lembrar sempre de alinhar todas as expectativas e tirar todas as dúvidas com o seu cirurgião-dentista antes de todos os procedimentos, sejam estéticos ou cirúrgicos.

Sobre a Neodent

A Neodent é uma empresa brasileira, principal marca em implantes dentários no país, e que faz parte do Grupo Straumann, líder em soluções odontológicas a nível mundial. Inovadora, a Neodent investe em soluções para os mais diversos tratamentos e, junto aos implantodontistas, proporciona bem-estar e beleza ao sorriso das pessoas há quase 30 anos. Escolha a marca #1 de Implantes Dentários no Brasil. Escolha sorrir!

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